e sinto ciúmes do que nos vêem nos gestos.
de como poderíamos viver no sentimento intermédio
que nos dista e esfuma, que
despeja os nossos copos como silêncios vazios
e nos arranca palavras sem som.
hoje descansa a nossa química
para lá dos cavalos altos da esperança.
e é uma boa ideia pegarmos
nas mãos um do outro com lugares lentos pelo meio,
despedirmos abraços em definitivo,
mandarmos limpar as casas do amor
com a vassoura e o pano do pré-destino
das coisas mais difíceis. e sinto ciúmes
de nós como os outros (os que não amam) nos vêem.
sinto ciúmes de não nos poder ver.
sinto ciúmes da perfeição desta distância.
Tiago Nené
Gosto, mais do que muito.
terça-feira, 13 de março de 2012
Química
Publicada por
chão de cenário
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