"Uma das coisas que me empurra constantemente para o acto de fotografar é a curiosidade que tenho em conhecer as coisas do mundo de forma mais pessoal e próxima. É um passatempo, algo que eu faço no intervalo das outras coisas todas, embora comece a perceber que tudo na minha vida está no intervalo de outra coisa qualquer."
"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem"
I do not love you as if you were a salt rose, or topaz or the arrow of carnations the fire shoots off. I love you as certain dark things are to be loved, in secret, between the shadow and the soul.
I love you as the plant that never blooms but carries in itself the light of hidden flowers; thanks to your love a certain solid fragrance, risen from the earth, lives darkly in my body.
I love you without knowing how, or when, or from where. I love you straightforwardly, without complexities or pride; So I love you because I know no other way
than this: where I does not exist, nor you, so close that your hand on my chest is my hand, so close that your eyes close as I fall asleep.
José Luís Peixoto escreveu uma das letras do novo disco de Jorge Palma.
A canção com letra de José Luís Peixoto chama-se "Pensámos em nada" e foi composta por Jorge Palma a partir do seguinte poema:
PENSÁMOS EM NADA
Pensámos tanto em nada. Despenteados, caçámos fantasmas de elefantes na casa desarrumada, de estores fechados, milionários esbanjadores de instantes, piratas de tesouros enterrados, ilhas distantes, sorte parada. Pensámos demasiado em nada. Cobertos por farrapos de tempo, arame farpado de tempo, cheiro a terra molhada, um momento, outro momento, a memória inteira emparedada, e nós, sem desculpas, astronautas, centauros, entre o sexo e o medo, presos na piscina vazia e abandonada, no centro de tudo, pensámos apenas em nada.