de turquesa na procura da árvore nascida mar.
vestirei azul do céu, debruado a cor de tudo,
água de olhos peregrinos de verdes.
do corpo sairão ramos, sabor a mel inventado
e das mãos nascerão espelhos
reflectindo o tudo ou nada.
procurarei o alquimista numa música fiada lua,
reflectida na branca e eterna rede,
sem símbolos a afirmar.
encontrarei um mar feito cobre,
com círculos e semicírculos,
onde nasceram meus sonhos,
infinito em tempos envoltos.
sem começo e sem fim,
sem partidas ou chegadas, arrancarei o vestido
e plantarei o corpo nas algas sorvendo o ar.
quando eu for criança vestida de organdim com cheiro a alecrim,
irei ver todas as coisas que não precisam ser explicadas!
Eduarda de Andrade Mendes
Há poemas que não somos nós que os lemos, mas eles que nos lêem a nós!!