Quero-te, como se fosses a presa indiferente, a mais obscura das amantes. Quero o teu rosto de brancos cansaços, as tuas mãos que hesitam, cada uma das palavras que sem querer me deste. Quero que me lembres e esqueças como eu te lembro e esqueço: num fundo a preto e branco, despida como a neve matinal se despe da noite, fria, luminosa, voz incerta de rosa.