chamo-te princesa, vinho do meu porto – senhora morena que me caiu no goto.
e não sei que passo dar, que fuga querer – não sei sequer como te desejo ter.
sei que te sei e que te quero saber: à lua que se enche de voz, às lágrimas que se erguem na foz.
não sei o que quero – mas sei que não quero: cúmplice por crescer, carinho por vencer. não sei o que quero –mas sei que me quero: no mundo do teu fundo, na curva da tua estrada – na silhueta da tua chegada.
chamo-te princesa, vinho do meu porto – e é na sombra do teu sorriso que em sorriso me conforto.
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Pedro Chagas Freitas, in "ESPASMOS D'ALMA"