“Num qualquer sólido platónico desenho andanças de pórticos abertos a voos que me abrem os abraços, fusão exacta de formas eternas.
Páro este gesto e penso!...que me importam todas as matemáticas ou físicas que me tentam vender, como algo concreto? Todos os axiomas se desnudam de números simbólicos...e eu detesto números! Todos os cloretos são imagens obscuras, que me desviam o olhar, sem sódio a declarar.
Deixem-me antes os sonhos reais ou irreais, tanto me faz, mas que são a soma da minha existência, janela voltada às marés dos meus abraços, onde emerjo cada gesto, verdade da minha existência.”
Eduarda de Andrade Mendes