Curiosidade lacónica de sentir,
O desejo breve do irreal.
Numa lisa cadência nua e fingida,
Enrolam-se vestidos de subtis perfumes,
Tecido de fino junco
Em aroma de pele que encanta.
Pensa encanto e escreve afagos
O poeta na sua sabedoria
Busca de instinto num ensejo a encontrar.
Ai poeta que vives a aparência
Numa curiosa tendência a que chamas poesia!
Eduarda de Andrade Mendes